Como sociedade, nossa visão coletiva do mundo é construída pelo que vemos ao nosso redor. O que vemos e aprendemos influencia quem somos e como nos comportamos. Tenho trabalhado nos últimos vinte anos com jovens em design e educação para a mídia e vejo que tanto o Cinema quanto a Educação como o Curso para ESPCEX em Natal, têm o poder de desafiar e influenciar as construções sociais e como elas evoluem ao longo dos anos. Os fabricantes de cinema independentes de todo o mundo estão assumindo a liderança. De onde vem esse poder?

Representação

Existem paralelos entre Cinema e Educação? A representação é feita de forma consciente ou inconsciente, e há espaço para aumentar a consciência em ambos? A autorrepresentação poderia ser uma direção positiva para mudanças futuras? Esta postagem discute essas áreas e cria espaços para um maior diálogo.

Paralelos entre Cinema e Educação

O cinema tem o poder de iniciar conversas e a educação tem a capacidade de instigar o discurso.
O cinema tem o poder de criar uma catarse, e a educação também pode acalmar pensamentos e ajudar na catarse.
Tanto o Cinema quanto a Educação têm o poder de influenciar e mudar.

Cinema e Educação giram em torno do público. O papel do contador de histórias é dar sentido à mensagem e ao mundo e comunicá-lo de forma convincente ao público.

E tanto Cinema quanto Educação têm a responsabilidade de tratar suas mensagens e seu público com cuidado.

Cinema e Representação

O cinema, uma vez criado para o entretenimento, teve um impacto de longo alcance nas mudanças na sociedade. O folclore indígena, incluindo peças de teatro e canções de rua, durante anos representou o estado de hoje, as questões de hoje e a política de hoje. Walter Benjamin, o filósofo alemão em 1936, escreveu um ensaio que proclamava que a arte e a criatividade são políticas e usou o cinema como evidência.

A representação funciona como um jogo mágico, condicionando o sentimento de veracidade, o engajamento imaginativo e a cultura de cada um dos espectadores. O estudo da relação entre cinema e representação é inspirador em um período em que crises de economia, liberdade, justiça e paz dominam o cenário global. O cinema tem o poder de representar a sociedade, e essa escolha de representação é poderosa. Por sua vez, influencia a forma como a sociedade se vê e como conduzimos nossas vidas. Em qualquer forma de representação, é preciso estar consciente.

Consciente do poder do vidente e do poder do que é visto. O que o visto está fazendo e como isso influencia e impacta a sociedade e seu ponto de vista. O Cinema Independente está fazendo escolhas conscientes e ganhando audiência.
Em 1996, o filme Water, de Deepa Mehta, trouxe à tona a questão da homossexualidade 24 anos atrás, quando a palavra era um tabu na Índia. Influenciados por isso, percorremos um longo caminho desde então. Da mesma forma, o cinema independente enfocou efetivamente a discussão sobre disparidade de castas, violência doméstica, racismo, maternidade solteira, abuso infantil, escolha, deslocamento e relações entre pessoas do mesmo sexo.

Educação e Representação

Ao mesmo tempo, a educação como o  Curso para ESA em Natal desempenha um papel vital na criação de uma visão de mundo na mente do aluno. O que os alunos veem e percebem sobre o mundo ao seu redor molda positiva ou negativamente suas expectativas para si próprios e para os outros. O que seus professores lhes dizem e como desempenha um papel vital. E quem são seus professores. Professores diversos, liderança diversa e culturas educacionais diversas criam expectativas mais altas, comunidades mais saudáveis ​​e melhores resultados para os alunos – e professores. Esses resultados afetam não apenas os alunos e professores, mas também suas famílias e empresas com as quais trabalham.

A representação vem da diversidade dos professores e alunos em uma classe. E tão importante no que ensinam e como. A educação tem que estar consciente do mundo em mudança e ser continuamente contemporânea. Tem que se concentrar no mundo de hoje e amanhã. A representação na Educação pode ser por meio de conteúdos contados de histórias, por meio do uso proposital da tecnologia e por estimular o aluno a refletir sobre questões atuais.
Mais importante ainda, isso acontece por meio do discurso e da reflexão, levando a uma reconceitualização do mundo na mente do aluno. Existem países onde o governo impõe uma visão política nos livros e na mídia.

Professores e redatores de currículos precisam trabalhar com consciência suprema.

O caminho a seguir é empolgante à medida que mais pessoas se conscientizam do poder da representação. A mídia social criou movimentos populares que mudaram as leis e abalaram as construções sociais. A autorrepresentação ganhou um novo significado, especialmente em comunidades que se sentem reprimidas.

Auto-representação por meio do Cinema e Educação Participativos

Arte e Cinema Participativos, especialmente na área de identidade e política, criaram um espaço para as comunidades se representarem por meio de uma câmera. Por meio de sua voz, eles projetam a visão de sua comunidade. Esse método democratizou a representação e pode adquirir um novo significado no futuro.

Também na sala de aula, os alunos do Curso para EPCAR em Natal têm maior poder no que aprendem e fazem. O papel do professor é capacitá-los para projetar e desenvolver suas aprendizagens específicas ao contexto de cada um. Essa aprendizagem, então compartilhada por meio da colaboração, leva os alunos a desenvolver resultados individuais e em grupo de amplo impacto.

A representação começou a ser colocada nas mãos dos representados e isso pode gerar imensas oportunidades. No entanto, existem questões críticas sobre os direitos e responsabilidades da representação e como isso pode moldar as sociedades futuras. A qualidade da comunicação e o uso indevido potencial sob controle estatal.
Quando eu olho para os jovens de hoje e a propriedade que eles tomam de suas vidas, do mundo que aspiram, a estrada à frente parece promissora e capacitadora. Sim, a sociedade sempre lutará por um amanhã melhor, mas ferramentas poderosas como a representação usada conscientemente nas mãos de educadores e da mídia podem ter um impacto de longo alcance.